22.6.06

Revolta dos pastéis de nata



Mafalda Arnauth participa esta noite na "Revolta dos pastéis de nata", hoje dedicado às viagens. O programa da 2:, apresentado por Luís Filipe Borges, vai para o ar às 23h15. Em estúdio, além da Mafalda, vão estar a jornalista Cândida Pinto e o fotógrafo Nuno Lobito.

21.6.06

Gaiteiros de Lisboa ao vivo no CCB (convidada especial: Mafalda Arnauth)



Na próxima terça-feira, 27 de Junho, às 21h00, os Gaiteiros de Lisboa sobem ao palco do grande auditório do CCB para apresentar "Sátiro", o seu quarto álbum de originais.
Neste trabalho, Carlos Guerreiro, José Manuel David, José Salgueiro, Paulo Marinho, Pedro Casaes e Rui Vaz percorrem desde os puros sons de Trás-os-Montes a alteradas polifonias alentejanas, passando por estruturas de canção e (poderia faltar?) pelo fado.
Mafalda Arnauth é um dos vértices do triângulo de convidados especiais para o concerto, juntamente com Manuel Rocha e Pedro Carneiro.
Com os Gaiteiros de Lisboa, a fadista interpretará "Os versos que te fiz", de Florbela Espanca, uma parceria incluída no álbum "Sátiro". Juntos, interpretarão ainda "Lusitana", o clássico de Fausto Bordalo Dias, nascido no mítico álbum "Para Além das Cordilheiras" (1987) e regravado por Mafalda Arnauth em 2001, no seu disco "Esta Voz Que Me Atravessa".
Certamente, um dos muitos pontos altos que se adivinham para o retorno dos Gaiteiros de Lisboa aos palcos da cidade que os viu nascer, há quase 15 anos.

Bilhetes à venda no Centro Cultural de Belém, Fnac, Agências ABEP e Alvalade e Ticketline (Reservas: +351 707234234 e www.ticketline.sapo.pt).
Preço dos Bilhetes entre 10 € e 20 €

20.6.06

Os versos que te fiz



É inequívoco, Mafalda Arnauth está satisfeitíssima com os resultados da sua mais recente colaboração musical em disco. Desta feita, como convidada em "Sátiro", o novíssimo-e-prestes-a-sair álbum dos Gaiteiros de Lisboa.
Entre outras pérolas do génio da banda, destacamos (por óbvios motivos de proximidade) o fado criado por Carlos Guerreiro para a voz da nossa Mafalda. O tema é interpretado com recurso a um estranho e cativante instrumento novo, criado pelos próprios Gaiteiros. A letra, essa, vem de um poema de... Florbela Espanca!

Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

14.6.06

CONCERTOS DE 14 E 15 DE JUNHO - LOCAIS ALTERADOS DEVIDO AO MAU TEMPO

Devido à chuva que se tem feito sentir em Lisboa, os dois concertos mais imediatos de Mafalda Arnauth, ambos ao ar livre, foram transferidos para espaços cobertos.

Esta noite, a actuação prevista para o arraial do Largo do Carmo, em Lisboa, é transferida para a Igreja do Sacramento, ao largo com o mesmo nome, mantendo-se a hora (21h30).

Amanhã, 5ª-feira, o espectáculo de Mafalda Arnauth e os Corvos nas Festas do Concelho de Oeiras, inicialmente agendado para a Casa da Pesca, fica transferido para a "bolha" (tenda exterior) do Auditório do Parque dos Poetas, com início previsto para as 22h30.

9.6.06

Oeiras com Mafalda



Mafalda Arnauth faz, este mês, capa da 30 Dias - a agenda cultural de Oeiras. O destaque prende-se com o concerto do próximo dia 15 de Junho (22h00), no qual a fadista e os Corvos assinalam um ponto alto das festas daquele concelho.
Mafalda Arnauth e os seus músicos juntaram-se aos Corvos, pela primeira vez, a 8 de Julho de 2005, na Festa do Fado de Lisboa. A reacção do público e da crítica ao espectáculo de então “forçou” a repetição do mesmo em Setembro do ano passado, na feira franca de Avis. O sucesso repetiu-se, desta vez para um público de milhares.
Finalmente, conciliadas as agendas cheias da fadista e da banda, o concerto de Mafalda Arnauth e os Corvos pode repetir-se - e chegar agora à sua terceira edição.
Concebido para locais de envolvente natural e alto valor histórico, o concerto visitará agora (depois do Castelo de S. Jorge e das Muralhas de Avis) a Casa da Pesca de Oeiras, nos terrenos do antigo Palácio do Marquês de Pombal.
O concerto será mais uma oportunidade perfeita para redescobrir os maiores sucessos de Mafalda Arnauth, nomeadamente os temas do mais recente álbum, “Diário”. Todos os fados terão novos arranjos e roupagens, graças à junção dos músicos do intrigante e consagrado quarteto de cordas ao ensemble habitual da fadista.
Para a noite de 15 de Junho, a entrada é gratuita. Conforme nos informou aqui o sempre atento António, a lotação da Casa da Pesca é de 900 lugares sentados e 400/500 de pé. O recinto abre portas pelas 21h15.

6.6.06

PÃO PARA A ALMA



O pão é definitivamente mais que um bem gastronómico, ainda que quase essencial, nas nossas vidas. Neste caso particular, posso dizer que a simbologia a que faço referência no título deste post se encaixa, na perfeição, ao que vos venho hoje contar!
Há já algum tempo que vinha sendo convidada para participar nas tertúlias do Museu do Pão em Seia. Lamentavelmente, por compromissos que foram sempre surgindo, nunca conseguia a disponibilidade pretendida.
FINALMENTE, tudo ajudou a que no passado dia 27 de Maio eu pudesse finalmente estar presente, neste tão especial momento.
Confesso que apesar da minha apetência e simpatia por eventos deste género, que me permitem exprimir de forma mais inteira e completa, estava longe de imaginar a perfeita satisfação que me inundou, de regresso a casa, por tudo o que vivi, nesses dias.
O Museu é de uma dignidade e organização plenos de louvor! Reina uma atmosfera de perfeita sintonia e realização entre todas as pessoas que diariamente a ele se dedicam, um respeito humano e profissional que dá frutos óbvios, e principalmente, uma sensação de harmonia, que justifica em pleno a adesão das multidões que tive oportunidade de apreciar no Domingo, dia seguinte ao da tertúlia.
Para quem está a tentar imaginar o que realmente se passa nestas tertúlias, posso situa-las num espaço bem acolhedor de um bar, tão simples quanto elegante, amplo e com uma disposição que se verifica excelente para o verdadeiro propósito da tertúlia: conversar!
E foi desta conversa (que depois dos primeiros cinco minutos se tornou, em absoluto, informal) que nasceu um dos meus momentos mais bem passados dos últimos tempos! Graças ao Dr. Sérgio Luís de Carvalho, responsável pela área cultural do Museu, os presentes puderam conhecer-me através de uma breve biografia por ele apresentada e “deixaram-se” levar pela sua gentil condução, entre perguntas, comentários, curiosidades e convites à participação de todos.
Quem me vai conhecendo, sabe que o meu “prato predilecto” é precisamente comunicar! Chegar aos outros, partilhar o que me vai na alma, o porquê do que faço, das minhas composições, dos meus anseios, das minhas convicções. E tudo isso foi possível, principalmente graças às mais diversas intervenções de todos os presentes e ao clima especial que se criou de interesse, de abertura, de descoberta.
Acima de tudo, tocaram-me as várias e bem diversas manifestações por parte de quem assistia que me fizeram perceber derradeiramente como é positivo podermos chegar perto tanto de quem nos admira; de quem nos conhece apenas e tem algum interesse; de quem nem sabe quem somos e sobretudo de quem até nem gostava de nós! Naquele lugar tive o tempo, o espaço, o mote, o ambiente para poder ser quem sou e revelar-me em pleno, aproximando-me, de forma inequívoca, de quem está tão perto.
Foi uma noite de conversa, esclarecimentos, emoções, desmistificações, de um cariz humano muito forte. É agradável ouvir-se que pareço mais nova ao vivo, que o vestido azul claro que escolhi revelou que existem mais cores na minha natureza, que sou muito mais natural do que tantas vezes as pessoas imaginam…
Quase no final, referi que me apercebo realmente que a importância da mediatização alcançada com a televisão, as rádios, a imprensa em geral nem sempre consegue ser totalmente fiel ao artista - e que por vezes, nem o próprio consegue dar-se a conhecer verdadeiramente, quer pelas limitações dos meios, quer pela sua própria expressão.
Como em tudo na vida, quando não conseguimos estar cara a cara com as pessoas a quem queremos chegar, corremos o risco de perder alguma da essência e da complexidade que temos em nós. No que depender de mim, fica-me a imensa vontade de voltar a Seia e de usar este exemplo para desafiar outros lugares a fazerem o mesmo, se quiserem! Farei tudo para corresponder, porque acredito realmente que vale a pena…
A todas as pessoas que de alguma forma ajudam a tornar o Museu do Pão num espaço privilegiado de encontro e calor humano, o meu mais sincero Obrigada!

Ao vivo em Lisboa



Mafalda Arnauth será cabeça de cartaz da programação popular das celebrações deste ano do Corpo de Deus, em Lisboa. A fadista regressa assim à capital a 14 de Junho, pelas 21h30, para actuar na noite inaugural do recinto que transformará o Largo do Carmo, por alguns dias, num arraial popular. A iniciativa destina-se à recolha de fundos para movimentos de jovens a trabalhar no campo do apoio social.