A SAGA ESPANHOLA CONTINUA...
Mais um regresso! (começará isto a ser um sintoma de longevidade, ou quem sabe… velhice?!)
Inacreditavelmente seguimos directos para Ferrol, de Ferrol directos para Barcelona e por fim, directos para Lisboa no último dia! (depois de tantas descrições de viagens tortuosas, escalas com horas de espera intermináveis, há que salientar as excepções, com uma palavra em especial para a nossa Portugália, companhia aérea nacional que, de tanto que tenho visto, só pode mesmo sair realçada muito positivamente!). Ficamos acomodados num delicioso hotel, antigo e impecavelmente restaurado, o que contribui sempre para a satisfação geral, pois não somos naturalmente indiferentes a mimos.
Curiosamente, falando de dois lugares tão distintos e quase geograficamente opostos, poderia descrever estes concertos quase em simultâneo, de tantas semelhanças que encontrei.
O interesse geral da imprensa local foi um dos pontos marcantes desta viagem, talvez fruto da edição do “Diário” em Espanha, este ano, que também se tem traduzido em mais viagens do que nunca. Antes de sair de Portugal, antes dos concertos, depois dos concertos, foi grande a vontade de me porem a “falar”. E eu, naturalmente, só tenho a agradecer estas oportunidades de me dar a conhecer um pouco mais.
Tanto em Ferrol como em Barcelona, também não posso deixar de referir uma palavra em especial para todas as equipas dos teatros, que se desdobraram em atenções e cuidados e que revelaram, com toda a naturalidade, uma especial simpatia que, é claro, não podemos deixar de agradecer.
A maior facilidade em poderem adquirir o disco também se reflecte numa maior intimidade do público nos concertos. Não só o alinhamento em si é propício a isso, pela intensidade e transparência dos temas, como também um maior conhecimento do mesmo torna mais fácil a comunicação. Não se trata tanto de revelar uma completa novidade, mas muito mais de dar vida ao que o público já vai conhecendo da "caixinha", que nós gostamos de chamar mágica, mas que ainda está longe da verdade que existe num concerto ao vivo.
A proximidade revela mais profundamente tudo o que não é possível num CD e, quer queiramos, quer não, a força visual de um concerto é cada vez mais incontornável. A fragilidade inerente ao momento real alcança muito mais longe e traduz-se em mais força, mais verdade e mais partilha.
Também foi um sentimento geral a inspiração crescente que estas viagens nos trazem. Parece-me que começo a sentir no ar o fervilhar da vontade de coisas novas, como se a viagem do "Diário" nos estivesse a obrigar a abrir mais portas, por onde andamos e dentro de nós.
Enquanto seguimos “viagem” vamos a cada passo escolhendo e descobrindo a bagagem que nos faz falta, a que não dispensamos, a que já está gasta e a que ansiosamente queremos experimentar.
Torçam para que assim seja!
1 Comments:
Olá!
O que não se faz para levar ao mundo este rectangulo tão pequeno mas com uma grande alma traduzida no Fado!
Só temos a agradecer à nossa Mafalda!
Beijinhos do Zé e da Sofia
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