14.2.06

IK HOU VAN JULLIE


Foto: Philip Nijman

Ik hou van jullie!!!! Foi o que aprendi em holandês, para dizer ao público, e acabei por dizê-lo aos meus meninos, da forma mais sentida e verdadeira… Literalmente, quer dizer: “Eu adoro-vos!”
E só quem lhes viu o sorriso de orelha a orelha, firmemente de “braço dado” uns com os outros para me “levarem ao colo”, pode alcançar a justiça desta minha declaração de carinho.
Existem momentos dos quais se acaba por ter pouco a dizer - e este é um deles…
À entrada, percebi um daqueles públicos a quem apetece ajoelhar e agradecer, simplesmente, a generosidade com que nos foram ver e que nos transformou, do primeiro ao último momento, em seres em permanente explosão…
Kleine Comedie foi o lugar da celebração dos reencontros: finalmente, o segundo concerto com todos os mosqueteiros que fazem parte desta família… Depois, a visita abençoada do meu irmão que trouxe, consigo (além do ninho que qualquer mãe e pai têm de mandar), o amor incondicional de quem sabe ser o meu maior amigo. Ainda, a presença de uma das figuras mais marcantes da musica holandesa, Ramsés Shaffy, que espontaneamente cantou comigo e fez, no mínimo, um dos momentos da noite!
Em Amsterdão, mais do que fluir, a musica tornou-se todos nós, os que em cima do palco viveram o enorme prazer de um momento único, de comoção e partilha e os que fora dele, se sentiram convidados naquela festa e - das mais diversas formas - dele fizeram parte… Cantando, aplaudindo, rindo, agradecendo-nos o momento que lhes proporcionámos!
Foi uma noite de contágio, onde regressar não teve o peso da responsabilidade que poderia existir, numa sala tão emblemática; pelo contrário, invadiu-me uma sensação de familiaridade e intimidade que me fez sentir em casa, desde o primeiro momento, coisa que me permitiu desfrutar deste concerto ao máximo.
Talvez tenha sido esta a grande magia desta noite: sentia-me feliz, plena, grata pela vida que me acontece! E foi esse Fado que me atravessa que deixei, simplesmente, transbordar…


Foto: Philip Nijman

6 Comments:

At 11:24 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Dá vontade de entrar para o avião e ir tambem! E desta vez houve direito a fotos e tudo... São só mimos que a Mafalda nos dá!

 
At 11:01 da tarde, Blogger Pinguimcris said...

Não pude deixar de me rir com o relato de todas as peripécias que têm vivido por terras holandesas. Gostei particularmente de imaginar a Mafalda com um vestido (certamente original) que a costureira holandesa lhe preparou ;-)

Não posso deixar de notar a cumplicidade que a Mafalda tem com toda a equipa que a acompanha. E à qual agradeço por fazer a Mafalda tão feliz, porque é essa união que faz com que a Mafalda tenha sempre esse sorriso lindo e que nos transmita no seu fado a alegria e a forma positiva de encarar a vida.

Um obrigada aos meninos da Mafalda!

E um beijo enorme à própria Mafalda, e que as peripécias continuem a ser ultrapassadas com umas boas gargalhadas e muita música.

Cristina

 
At 3:44 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Porque a ternura acontece...
Obrigado Mafalda,

Lançou-nos a Mafalda, no inicio desta tournée, o desafio aliciante de com ela partilharmos, de alguma forma, esta viagem que agora chegou ao seu final.
Eu, como muitos outros,
(Cristina e Rakel, obrigado pelas vossas palavras, que partilho com o amigo holandês Bart :-)
tudo fiz para corresponder, com total disponibilidade, mas sobretudo com muito coração, a esse convite que aqui nos foi deixado.
Do que foi esta digressão, são reveladores os testemunhos das muitas pessoas que até nós continuam a chegar, bem como os diversos comentários elogiosos e entusiásticos que, em fontes locais, tive já oportunidade de ler, a expressão mais fiel de tudo o que de verdadeiramente maravilhoso se passou durante este tour.
Sobre aquilo que resultou, digamos assim, das “sementes” lançadas pela Mafalda à “terra” daqueles que a admiram e acolhem, ficam aqui também todas as palavras e manifestações de carinho, deixadas por quantos sempre fizeram questão de dizer presente.
Por uma vez, cumpriu-se o velho ditado que nos diz que... “cada um tem o que merece”…
E a Mafalda merece tudo isto.
Por isso, também, aqui lhe deixo, em nome de todos nós, um beijo e, como presente, uma flor.
Com as cores do sorriso, da ternura, da partilha.
Com o aroma de todas as coisas sentidas, aquelas que vêm mesmo cá de dentro.
Para os Bravos, um abraço e, acreditem, vocês são mesmo muito bons!!!
(Até porque se a Mafalda o diz, é mesmo verdade :-)

Permito-me, a finalizar, citando o Ricardo Belo de Morais (parabéns pelo Fadiário, agora justamente internacionalizado), dizer que também para mim, para nós, “estar com a Mafalda é estar, sempre, entre amigos.
E pelos verdadeiros amigos, fazemos tudo”.

Voltaremos certamente, todos, a encontrar-nos por aqui!!

Até logo!!

 
At 3:04 da tarde, Blogger Ambasciatore Romano said...

Não tenho palavras para descrever!
Ao ler tudo isto, é o espírito do Fado, da Música e da minha Pátria que me atravessa!
Como podemos ser tão pequenos em algumas coisas e tão grandes noutras bem mais importantes!
VIVA O FADO! VIVA PORTUGAL! VIVA A MAFALDA!

 
At 12:25 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Antonio, correspondeste muito bem ao convite da Mafalda!

 
At 9:41 da tarde, Blogger Carlitos! said...

Olá Mafalda.

Sou estudante veterinário, e estou a estagiar em Roterdão (naturalmente, Holanda).

Ainda me lembro de a ver/ouvir nas Noites de Fado na FMV, e de pensar se um dia ia partilhar consigo um palco (na brincadeira, claro). Mas acabou por acontecer num Congresso no Casino do Estoril, em que a Mafalda cantou juntamente com a Vetuna.

Há coisa de 3 semanas fui assistir a um concerto da fadista Maria de Fátima, aqui em Utrecht. E foi fantástico...

Não tive a oportunidade de assistir à "colega", mas qualquer dia que cá volte, assistirei com certeza.

Felicidades

 

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