24.2.06

Na rádio? Lá fora...




A VRT - Radio 2 (emissora nacional belga/flamenga) seleccionou o tema "Por Onde Me Levar o Vento" para a sua playlist. O sítio internet desta estação pode ser espreitado aqui. Esta escolha, que obviamente muito nos satisfaz e orgulha, faz-nos também pensar no infeliz contraponto das rádios portuguesas. Enquanto o Fado continua a singrar e a despertar paixões "lá fora", muitos dos programadores das nossas(?) rádios continuam a preferir ignorá-lo.

11 Comments:

At 9:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Porque nao sabem dar o braço a torcer. É-lhes dificil agora, reconhecer a qualidade do fado, enquanto musica em si. Nem com a vaga do estereotipo de "novo fado", que a radio e imprensa criou, para justificar o repentino sucesso lá fora desta musica tao nossa.
Antena1. Ainda temos a Antena1.

E temos a Mafalda!

 
At 4:17 da manhã, Blogger Correia Azedo said...

O que é que é isso do "novo Fado"? Este fado que se diz novo não é apenas um resultado natural do "Homem na cidade", em que se deixou de falar de iscas e toiradas? Afinal Para onde vai o Fado? Já percebebi, que Mafalda Arnauth já escolheu o seu caminho, que a mim me parece de certa forma correcto, mas com alguns buracos na estrada. Ouvi-a dizer que tenta explorar outros sentimentos que não a tristeza e a saudade. Apercebi-me que o faz, mas de certa forma sem esquecer e devirtualizar a origem da musica. Isso é muito importante! Da minha analise ao novo album (que só interessa a quem continuar a ler...), parece-me que foi dado um passo em frente.Bravo! Há melodias e promenores do timbre de voz que me arrepiam. Confesso que só comecei a apreciar a Obra de Mafalda Arnauth recentemente. Creio que só há pouco tempo consegui entender o porquê da Mafalda Continuar a cantar. É que apesar dos dotes vocais que lhe são reconhecidos e indispensáveis, sempre me pareceu que não havia ali uma voz de Fado, que fosse inesgotável.Daquelas que chegam a qualquer nota, em qualquer altura.Mas não é preciso. A Mafalda Arnauth tem uma profundidade na voz que alcança qualquer parte dentro de quem a escuta. É algo muito mais importante do que a técnica vocal(que ela também tem). A voz da Mafalda tem alma...e corpo.
De facto há uma maior envolvencia neste ultimo album.Mesmo nas letras! Letras essas que poderiam ser uma lista de compras, que a alma desta Mafalda Arnauth, mais madura e expressiva, iria transportar de forma magnifica. Mas, mesmo assim, ainda bem que não é uma lista de compras.
No entanto há uma resalva que não posso deixar de fazer: Milonga do Chiado e La Bohème, sao duas canções com uma interpretação fantastica e muito bem conseguidas, que provam que Mafalda Arnauth não é apenas uma fadista mas, também uma cantora. Isso não está em causa. Mas a forma a que se assemelham é a uma mistura de ritmos e melodias entre o fado e outros géneros musicais bem definidos. Calculo que a intensão seja boa, mas corre-se um grande risco de se criar um Hibrido estéril em vez de algo novo. Não há nada de novo em misturar à força, sons imisciveis. Já foi tentado. Nunca correu bem. Não quero ser mal intrepertado: Adoro o Piazzolla, e todas as outras influencias aqui apresentadas, mas, por exemplo o Piazzolla: Ele pegou no Tango Argentino, e reconstrui-o, sem lhe tirar a alma nem a vida. Fez algo novo do que já existia. Acho que é isso que temos que procurar.

 
At 10:41 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Como ouvinte da Radio2 aqui na Flandres posso confirmar que é com alguma regularidade que passam fado nas suas emissões. Ontem por exemplo pelas 22h30 passaram a Mafalda com o tema bendito fado bendita gente do album Talvez se Chame Saudade e hoje ao ligar o rádio no carro pela manhã, lá "estava" a Mafalda novamente...Os fados delas são sempre acompanhados de elogiosos comentários. Continua a intrigrar-me como é que eles sem perceberem uma palavra do nosso Português apreciam em tão elevado nivel o nosso fado. A explicação só pode ser dada através da música que é universal e ainda por cima o nosso fado que transmite emoções, sentimentos e vida(s) e isto são "coisas" mais que universais sem barreiras de lingua(s).
As nossas rádios Portuguesas deviam seguir (para não dizer dar) o exemplo!
Parabéns e Obrigado para a Mafalda para todos os músicos e todos os outros que a acompanham.

 
At 4:42 da tarde, Blogger Ambasciatore Romano said...

Palavras para quê?
Ao menos lá fora, já que aqui à muito tempo que não oiço Mafalda na rádio portuguesa!
Será que se esqueceram? Ou será que os lobbies que andam por aí também já aqui chegaram? O que é perfeitamente normal!
Hoje é uma vergonha quando ouvimos rádios parecendo até que estamos num protectorado inglês e americano!
Canta Mafalda, que o Povo encanta!

 
At 6:00 da tarde, Blogger Pinguimcris said...

É realmente lamentável que em Portugal não se valorize a música que por cá se faz.

Não deve existir muitos países em que é necessário fazer sair leis em que obriguem as rádios a passarem 30% de música portuguesa. E, o mais chocante para mim é acharem que 30% já significa muita coisa.

A verdade é que se entra num circulo vicioso, as rádios defendem que o público não se interessa por ouvir música portuguesa e o público provavelmente não ouve tanta música portuguesa, porque as rádios também não a divulgam e não a dão a conhecer.

Deixa-me triste que não se apoie mais a música portuguesa e que se parta de um princípio completamente ridículo de achar que o que se faz em Portugal não tem qualidade.

Fico feliz que ao menos no estrangeiro dediquem algum espaço a divulgar o fado e a Mafalda Arnauth.

Bjs
Cristina

 
At 4:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

As emoções..as paixões..as razões…ou, simplesmente,
queiramos ou não, tudo tem um tempo, o seu tempo…

( Parte I )

Como interveniente assíduo e interessado em todos os momentos deste blog, desde o seu lançamento, tenho naturalmente lido as diversas opiniões que aqui têm sido expressas, versando o tema lançado por este último post da BMS, sobre o (des)apoio das rádios portuguesas à música portuguesa e, em particular, ao Fado, agora tão divulgado em muitos outros sectores, por força da corrente intitulada de Novo Fado.

E, correndo embora o risco de me meter naquilo que, em bom português, se designa por uma “grande alhada” :-), permito-me lançar aqui alguma discordância com o que, unanimemente, vem sublinhado nesse post da BMA, pelos autores e, igualmente, pelos meus companheiros comentadores, a quem, desde já, saúdo pela presença enriquecedora e assídua que, desde sempre, vêm mantendo na vida deste espaço de noticia e opinião.

È verdade que as rádios portuguesas parecem não nutrir grande simpatia pelo Fado e pela música portuguesa em geral, a avaliar pelas quotas de transmissão que, regra geral, lhe dedicam.
Uma audição mais atenta ao longo de alguns dias, durante algumas horas no período da manhã sobretudo, revelou-me, por exemplo, que a Rádio Renascença apresenta uma programação musical de inatacável qualidade, onde cabem os maiores vultos da música actual e de décadas recentes, mas onde o português é como que uma gota no oceano, e o Fado nem a gota pode aspirar, releve-se-me o plebeísmo da expressão.
A Antena Um, outro dos baluartes da nossa rádio, equilibra mais as coisas, embora os seus alargados e, quase sempre, interessantes espaços de debate, reduzam substancialmente o espaço dedicado à música.
Outro exemplo, de Rádio dita local, mas já com um razoável espaço de propagação a nível nacional e internacional, a Rádio Difusão do Seixal (tomada como exemplo, apenas porque é a rádio do meu concelho), apresenta uma programação genuinamente em português, tudo bem, mas onde os critérios de qualidade não me parecem os mais ajustados e existe muita permeabilidade a certos tipos de música que, perdoe-se-me, não me parecem de grande relevância.

Outras rádios de igual ou maior relevância aqui poderiam ser citadas, mas não me move qualquer intenção de estudo aprofundado, em relação a esta questão.

Concordo com muito do que aqui foi deixado pelos meus colegas comentadores, permitam-me que amistosamente assim os trate.
Mas não esqueço que, por exemplo, no que à Mafalda e ao seu último trabalho, “Diário”, diz respeito, existiu no tempo do seu lançamento, quer na Rádio, quer sobretudo na Televisão, um movimento amplo de divulgação, com espaços de entrevista, com divulgação de imagens em programas expressamente dedicados ao tema, que, inegavelmente, o merecia, pelo valor do trabalho em si, pela personalidade rica da Mafalda, em particular.
Ela própria, naturalmente, o reconheceu, por mais de uma vez, e com a sinceridade e a elevação que são também suas imagens de marca, nunca deixou de o referir.

 
At 4:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

As emoções..as paixões..as razões…ou, simplesmente,
queiramos ou não, tudo tem um tempo, o seu tempo…

( Parte I )

Como interveniente assíduo e interessado em todos os momentos deste blog, desde o seu lançamento, tenho naturalmente lido as diversas opiniões que aqui têm sido expressas, versando o tema lançado por este último post da BMS, sobre o (des)apoio das rádios portuguesas à música portuguesa e, em particular, ao Fado, agora tão divulgado em muitos outros sectores, por força da corrente intitulada de Novo Fado.

E, correndo embora o risco de me meter naquilo que, em bom português, se designa por uma “grande alhada” :-), permito-me lançar aqui alguma discordância com o que, unanimemente, vem sublinhado nesse post da BMA, pelos autores e, igualmente, pelos meus companheiros comentadores, a quem, desde já, saúdo pela presença enriquecedora e assídua que, desde sempre, vêm mantendo na vida deste espaço de noticia e opinião.

È verdade que as rádios portuguesas parecem não nutrir grande simpatia pelo Fado e pela música portuguesa em geral, a avaliar pelas quotas de transmissão que, regra geral, lhe dedicam.
Uma audição mais atenta ao longo de alguns dias, durante algumas horas no período da manhã sobretudo, revelou-me, por exemplo, que a Rádio Renascença apresenta uma programação musical de inatacável qualidade, onde cabem os maiores vultos da música actual e de décadas recentes, mas onde o português é como que uma gota no oceano, e o Fado nem a gota pode aspirar, releve-se-me o plebeísmo da expressão.
A Antena Um, outro dos baluartes da nossa rádio, equilibra mais as coisas, embora os seus alargados e, quase sempre, interessantes espaços de debate, reduzam substancialmente o espaço dedicado à música.
Outro exemplo, de Rádio dita local, mas já com um razoável espaço de propagação a nível nacional e internacional, a Rádio Difusão do Seixal (tomada como exemplo, apenas porque é a rádio do meu concelho), apresenta uma programação genuinamente em português, tudo bem, mas onde os critérios de qualidade não me parecem os mais ajustados e existe muita permeabilidade a certos tipos de música que, perdoe-se-me, não me parecem de grande relevância.

Outras rádios de igual ou maior relevância aqui poderiam ser citadas, mas não me move qualquer intenção de estudo aprofundado, em relação a esta questão.

Concordo com muito do que aqui foi deixado pelos meus colegas comentadores, permitam-me que amistosamente assim os trate.
Mas não esqueço que, por exemplo, no que à Mafalda e ao seu último trabalho, “Diário”, diz respeito, existiu no tempo do seu lançamento, quer na Rádio, quer sobretudo na Televisão, um movimento amplo de divulgação, com espaços de entrevista, com divulgação de imagens em programas expressamente dedicados ao tema, que, inegavelmente, o merecia, pelo valor do trabalho em si, pela personalidade rica da Mafalda, em particular.
Ela própria, naturalmente, o reconheceu, por mais de uma vez, e com a sinceridade e a elevação que são também suas imagens de marca, nunca deixou de o referir.

 
At 5:56 da tarde, Blogger Ambasciatore Romano said...

Resposta ao correia azedo!

Começo por definir Novo Fado!
O Novo Fado é uma nova expressão de exprimir a arte da música e os sentimentos presentes no Povo Português, já que o fado é português, até porque quem saiba música e a definição de música sabe isto!
O grande problema é que a empresa musical em Portugal, no meu ver, tem muita gente por aí, que está no meio sem ter sequer passado pelo conservatório, e sem sequer conhecer um dó, ré, mi...
Não sei se este senhor tem formação musical, mas que fiquei chocado com as afirmações, fiquei! Se tem, pelo menos não demonstra... e peço desculpa se posso estar a fazer um mau juízo!
A música, e passo o fado, é uma forma de exprimir a sensibilidade para QUEM A EXECUTA, não para quem faz dela um mero negócio, ou coisa assim!
Alguém disse certa vez: "A música é uma arte nobre para ser usada e aproveitada".
Porque isto de ser um crítico musical, sem saber o que é a música, na sua genuinidade, é muito grave, gravíssimo! E mais grave quando se conhece!
Até porque, o que vemos hoje, ao nível musical é algo aberrante!
Desde tocar peças musicais que outros já fizeram, desde criticar sem conhecer, enfim um sem número de coisas é algo de choque!
Não quero dizer com isto que a Mafalda tenha imitado alguém, muito pelo contrário, ela interpretou as peças e passou-as para o seu trabalho com outro intuito e isso é NOVO FADO!
É muito triste, termos pessoas a criticar o que é nacional, muitas vezes sem saber o que é ou que se passa!
Mafalda, continua, pois o Povo Português está contigo e todos os MÚSICOS de Portugal!
Eu sou organista eclesiástico e sei muito bem do que falo!

Obrigado!

 
At 9:21 da tarde, Blogger Pinguimcris said...

Li como é habitual o comentário do António, gosto da forma como escreve e se expressa.

E apesar de não concordar totalmente com tudo o que disse, acho que tem razão em muitas coisas. Realmente há rádios que valorizam a música portuguesa, eu também não gosto de ser negativa e de achar que as coisas estão muito más e que Portugal está cada vez pior. Não gosto nada desse espírito.

No entanto no comentário que fiz, referia-me à generalidade das rádios nacionais e com maior audiência, pois são essas que moldam os gostos musicais principalmente das gerações mais novas. Exemplos como a Antena3, a rádio comercial, a RFM, a Mega Fm entre outras, demostram bem como o que chega ao ouvinte é muito pouca música portuguesa.

Obviamente que existem as rádios locais e essas tentam dar algum apoio à música portuguesa (também eu conheço a RDS - Rádio Difusão do Seixal), no entanto concordo com o António sobre a qualidade e a importância de determinadas escolhas musicais na programação.

No fundo o que eu pretendia dizer é que o apoio à música portuguesa deveria ser algo generalizado e não o papel apenas das rádios locais ou de uma ou outra rádio nacional.

Actualmente existem muito poucos veículos de comunicação que divulguem a música portuguesa, no entanto queria salientar a importância que neste momento as telenovelas têm vindo a desempenhar na criação de grandes sucessos e vendas na música portuguesa. A maior parte das novelas portuguesas apostam numa banda sonora quase exclusivamente portuguesa e isso é de aplaudir.

Bjs
Cristina

 
At 2:45 da manhã, Blogger Alexandre Sá said...

Novo Fado? Fado Purista? As Óperetas ? Isso não interessa,...,a meu ver, claro!
Vi a Mafalda pela primeira vez, Sábado passado 04.03.2006 em Arcos de Valdevez (pois falhei o espectáculo do Porto)..ela e os seus fadistas fizeram Magia naquela noite. A sensação que eu fiquei, foi a de a pertencer eternamente, em hora marcada e local bem definido, ao DIÁRIO da Mafalda Arnauth...cada momento foi um registo único, um bailar com o público, sim porque até no silêncio se partilham emoções e se agitam corações. Depois de ter escutado o Diário, só me inteirei na totalidade da riqueza das palavras que turbilham nos diferentes labirintos musicais propostos, ao assistir a um espectáculo da Mafalda Arnauth; á cumplicidade que estabelece com o seu público, ao carinho, alento, á alegria, audácia e até mesmo quando se instala a dôr, porque a Mafalda não pretende desenraizar o Fado...ela mostra-o tal como o sente...igual a si mesma. Não acho que a Mafalda Arnauth possa ser catalogada como seguidora de "NOVO FADO", antes porêm, encontrou no fado, uma identidade muito própria, que se manifesta desde as interjeições de voz, ao respirar, à propria expressão corporal...tudo isto existe..tudo isto é fado!Mas, no entretanto desviei-me do assunto...o sentir é universal, por isso é muito natural que "Lá Fora" passem fado e a música é uma linguagem universal, uma forma de sentir e comunicar...e o fado em particular, tem caracteristicas que se entranham desde a pele até á alma...Se calhar o Ministério da Cultura também deveria apoiar o FADO e FADISTAS a Deslocarem-se desde japão, china, em suma aos 4 quantos do Mundo...e aí acreditemmm tinhamos diariamente a TV e Rádio, nem q fosse, com um programa diário tipo 5 minutos de fado...o que seria realmentebom e inteligente! Passem bem!

Abraços
Alexandre

 
At 10:44 da manhã, Anonymous Anónimo said...

(Duas notas prévias:
as minhas desculpas por, inadvertidamente, ter feito seguir o texto de ontem em duplicado…ooops!
também o registo do meu agrado pela discussão que este tema tem gerado e que originou, para já, 10 comentários!!!)

As emoções..as paixões..as razões…ou, simplesmente,
queiramos ou não, tudo tem um tempo, o seu tempo…

( Parte II )

É perfeitamente natural que a música portuguesa, não só o Fado, “lá fora”, como dizem, adquira uma maior notoriedade, entre mais frequentemente nas grelhas de estações e programas radiofónicos e, de uma forma derradeiramente marcante, nos corações de quem a ouve.
A envolvência resulta de um modo diferente, os chamamentos, os apelos à nossa portugalidade, surgem de maneira mais forte e espontânea.
Atenção, aqui entre nós, em Portugal, também tudo isso existe mas, em meu entender, as coisas passam-se, naturalmente também, de modo algo diverso.

Concordo com a Cristina (olá, tudo bem por aí, beijoca :-) ), quando refere a quota inacreditável, porque completamente desadequada, por cheirar quase a favor…, de 30% de obrigatoriedade de transmissão de música nacional nas rádios portuguesas.
O critério de qualidade ou de interesse público não deve sujeitar-se a parâmetros definidos por quotas ou quejandos.
Concordo com o Callatrava (um abraço), na sua portugalidade fortemente sempre expressa e que saúdo, com a Rakel(um beijinho:-) no seu jeito divertido, mas inciso sempre que necessário, de abordar as questões.
Com o Correia Azedo ou o Carlos Chaves, bem vindos a este espaço que também é vosso, pois claro!!!

Mas…

Existe um tempo para tudo, ou melhor, uma forma de nos situarmos em cada tempo.
Senão, como perceberíamos que existam agora espectáculos da Mafalda (nas Caves Cálem, em Vila Nova de Gaia, ou em Arcos de Valdevez) ou intervenções na Televisão (programa Contacto, em 21 de Fevereiro), que não nos foram noticiados, quando noutras alturas sempre o foram?
Como entenderíamos, por exemplo, que o último post da Mafalda neste blog, date já de 14 de Fevereiro ou a última presença de alguém no seu livro de visitas do site oficial, remonte a 6 de Fevereiro?
Significa isto menor interesse, atenção ou respeito da parte de quem quer que seja?
Definitivamente, NÃO!!

A questão aqui, é que o tempo é diferente hoje.
As prioridades são outras, a importância das coisas, naquilo que ao seu imediatismo respeita, é outra.
E, sem ressentimentos, devemos aceitar que assim é.
Percebendo que aquilo que radica no fundo de tudo o que se viveu, a ternura, a partilha, a emoção levada, tantas vezes, até às lágrimas, se mantém.
Compreendendo que a inevitabilidade das mudanças que são geradas por tempos novos, na vida profissional, na vida pessoal, em tudo afinal, não pode nunca contribuir para diminuir aquilo cuja importância fica, indelevelmente, marcada muito para além das fronteiras desses mesmos tempos.

Por isso, amigos, por isso querida Mafalda, da próxima vez que trocarmos uma palavra, um sorriso, uma beijoca prazenteira, (ou fizermos uma foto daquelas em que ficamos todos sempre mais bonitos, porque a Mafalda também lá está... :-), a emoção e o prazer serão em dobro.
Com toda a Força, com toda a Alegria, com toda a Ternura que nunca deixamos de sentir quando estamos com aqueles de quem verdadeiramente gostamos.
Porque isso, por muito que as coisas mudem ou que o tempo passe, não há Tempo algum que apague.

 

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