29.9.06

O LAÇO QUE NOS ATA



Existem convites que definitivamente não se recusam! Principalmente quando nos convidam pela segunda vez, sinal de que se estabeleceu um laço que não se perdeu no tempo…
Esta é, aliás, uma imagem que ilustra na perfeição esta iniciativa. O laço cor-de-rosa que de forma tão simbólica representa um número, infelizmente, assustadoramente maior de mulheres tocadas por um flagelo que é, cada vez mais, indiscriminado na idade, no nível social, no estilo de vida…
Como sempre, sem revelar pormenores, nem identidades, não posso deixar de trazer a este texto uma história que tenho vivido de perto e que é tão reveladora do furacão que esta doença provoca. Parece-me, assim, ser o paralelo ideal para o que escrevo.
Há sensivelmente um ano, soube de uma pessoa conhecida a quem foi detectado cancro da mama. A sensação de incredulidade é real, principalmente quando falamos de pessoas com uma carga de atitude positiva e alegria na vida tão inspiradoras quanto a que sempre vi na pessoa de quem falo.
Muito jovem, cheia de força e espírito de luta, viveu todo o processo inicial com a determinação e coragem de quem não se rende a uma fatalidade. E de quem definitivamente não se dá por vencido, nem em face de diagnósticos actualizados aos poucos e cada vez menos animadores, nem pela mutilação do corpo, da alma e da auto-estima, nem pelas consequências obvias causadas pelos efeitos secundários dos tratamentos.
Superada com sucesso essa prova, que todos imaginam ser a mais dura, vem supostamente o alivio e a fé de que tudo está ultrapassado.
E é nesse momento que começa a verdadeira luta, ou aquela que irá acompanhar para sempre quem foi confrontada com ela. São tantas as possíveis consequências que terão de ser continuamente supervisionadas… Uma reconstrução física que vem confirmar que o corpo nunca mais será o mesmo, uma possível esterilidade forçada, a dúvida do sucesso nos relacionamentos com os outros, a possibilidade sempre presente de uma recaída…
Mais do que o momento da verdade, é o da realidade que exige a nossa presença. O instinto de sobrevivência do ser humano pode ajudá-lo a lutar com mais ou menos sucesso no momento da verdade. Mas é quando as marés parecem mais calmas, quando a rotina se instala e todos regressam ao seu dia-a-dia que quem passou por todo este drama mais precisa de apoio. E que nós, que estamos em redor e que não estamos isentos de passar pelo mesmo, fazemos mais falta.
Mais importante, podemos aprender o significado não só da sobrevivência, mas das forças inesgotáveis de quem foi privado de uma parte de si e - por esse motivo - não abdica de descobrir mais e melhor, para a vida que correu o risco de perder ou de ver, para sempre, transformada.
É o brilho no olhar dessas mulheres que me acompanha, que me ensina a pôr tudo em perspectiva, que me ensina a prezar cada instante de Saúde, Felicidade e Bem-estar que posso e devo procurar. É também esse brilho que me desperta a responsabilidade de dar tudo o que puder a quem, por qualquer motivo, não conseguiu ainda “Amar a Vida” e aceitar o caminho que lhe calhou.
Cada dia pode ser uma vitória. E nós todos devemos tomar parte nessa conquista!


28.9.06

FLASH - mais um exclusivo para fãs - FLASH



A recente actuação de Mafalda Arnauth com Fran Lasuen, no Festival Pirineos Sur, em Espanha, deu origem a novos sons que dificilmente poderiam ser ignorados.
A tal ponto que a fadista se abalançou a tratar um desses temas em estúdio, com vista a ter um ficheiro de som com qualidade discográfica.
É o resultado desse trabalho que fica agora disponível para todos vós: "Para Maria", ao vivo em Espanha, com a participação especial do músico basco.
Para ter acesso ao ficheiro de som, exclusivo para os visitantes do Fadiário, apenas precisam de escrever para o nosso email (ver barra lateral direita). Deverão colocar, no campo de "assunto/subject", a frase «Sim, quero receber a versão ao vivo de "Para Maria"».
Esta oferta é, como habitualmente, limitada - e válida apenas para as mensagens que recebermos até ao próximo dia 15 de Outubro.

NOTA IMPORTANTE: O FICHEIRO DE SOM TEM CERCA DE 6 MEGAS DE "TAMANHO", PELO QUE DEVERÃO CERTIFICAR-SE QUE O VOSSO PEDIDO É FEITO ATRAVÉS DE UM ENDEREÇO DE EMAIL CUJA CAIXA TENHA CAPACIDADE PARA RECEBER, EFECTIVAMENTE, TODO ESTE "PESO".

Todos os dados pessoais recolhidos nesta operação destinam-se única e exclusivamente à mesma, sendo descartados após o seu final.

8.9.06

HOMENS RECOMENDAM-SE...



Talvez por influência das minhas escolhas musicais para este verão, dei por mim a pensar, vezes sem conta, numa pergunta que me fazem insistentemente, sobretudo da imprensa estrangeira: “Porque há menos homens a cantar o Fado?”. Ou, como costumo corrigir, “Porque são os fadistas masculinos menos populares, sobretudo no estrangeiro?
Em Portugal não falta, garantidamente, reconhecimento a fadistas da envergadura de um Carlos do Carmo ou de um Camané. Mesmo sendo de gerações bem diferentes e percursos incomparáveis, são incontornáveis enquanto referenciais de excelência.
Mas no que toca a circuitos que se dirigem maioritariamente a público estrangeiro, já surge claramente um conhecimento menor do universo masculino do Fado, mesmo daqueles por quem temos, por cá, a maior admiração.
Dos mais reconhecidos aos mais desconhecidos, a vantagem numérica é insistentemente das mulheres; o que me faz, confesso, alguma confusão, tanto mais que são inúmeros os nomes que me ocorrem, de repente, de homens com uma expressão e personalidades marcantes e dificilmente ignoráveis.
Não pretendo aqui desvendar o mistério. A minha intenção em trazer esta questão à liça é a de, simplesmente, convidar-vos a conhecer algumas das excelentes vozes masculinas e do bom trabalho que fazem. E – provavelmente - do melhor que ainda podem fazer, se o público e todos aqueles que de alguma forma ajudam a promover e divulgar a música portuguesa também estiverem atentos e disponíveis.
Vale mesmo a pena ouvir Helder Moutinho – “Luz de Lisboa” ou o concerto “Maldito Fado” (apesar da nossa longa amizade e anos de trabalho em conjunto, está livre de suspeita a minha recomendação: canta como poucos, ama e conhece o Fado como ainda menos que poucos!); ouvir seguramente Marco Rodrigues – “Fados da Tristeza Alegre” (um timbre impressionante, um álbum que cativa…); António Zambujo – “O Mesmo Fado” ou “Por Meu Cante” (prova viva de que um homem também “chora” a cantar…).
Desfrutem!

4.9.06

SALVÉ O DESCANSO!



Enfim, terminam as férias… Ainda me lembro do tempo de escola, em que ao fim de dois meses já aguardava, ansiosamente, aquele reboliço de voltar às aulas, comprar livros e material, organizar matérias e descobrir coisas novas (sim, eu adorava essa sensação…). O que é certo é que agora, talvez por ser muito menos tempo, ou o cansaço ser maior, não me importava nada de mais uns diazinhos a banhos e descanso.
Este ano, rumei ao Sul, mais uma vez. E ainda que continue sigilosamente a não revelar o meu destino, deixo-vos sonhar com estas dicas: amigos, praia deliciosa, bem perto de uma tão simpática cidade, mas longe o suficiente para marcar a diferença destas férias – caminhadas, longas, revigorantes, a perder de vista, para descobrir a excelente terapia que temos ao alcance, sem despender um centavo, precisando apenas de um leitor de mp3 - ou outro do género com boa música -, um chapéu e os "melhores chinelos do mundo"!
Apesar de tudo, serve-me de grande consolação voltar aqui! E também voltar ao rebuliço desta minha vida que, esperemos, inspire muitas novidades para vos deixar neste lugar.
São tempos de mudança, estes que se aproximam. Nova agência, como já devem ter lido, compromisso de bem-estar, ideias a fervilhar e prontas a serem levadas adiante, muitas viagens no bolso... e muito que cantar, para que também o reencontro com os meus queridos mosqueteiros venha celebrar, da melhor forma, este regresso.
Abençoado o descanso! Mas ainda mais abençoada esta vida para a qual é tão bom voltar…
Mais uma caminhada que começa!

1.9.06

Mafalda no hi5


Mafalda Arnauth já tem um grupo na comunidade virtual do hi5. Para se inscreverem e participarem, só precisam de ter um vosso perfil pessoal activo e depois ir até aqui.